B2B e B2C: o que significam essas siglas no mundo dos negócios?

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Para quem você vende? Isso costuma ser a definição central para muitos negócios. Por isso, é muito comum vermos executivos dividindo seus negócios entre B2B e B2C. Mas como (ainda) máquinas não tomam decisão de compra por si mesmas, todo negócio é na ponta uma relação entre pessoas.

Mesmo que seu produto ou serviço resolva a dor de uma empresa, você estará, em essência, resolvendo problemas de pessoas. E, sobretudo, negociando com pessoas. Por isso, negócios B2B e B2C devem lembrar de olhar a dor que está na raiz do que você pode resolver.

Mas o que é B2B e B2C?

Antes de respondermos sobre as diferenças entre B2B e B2C, que no final do dia, são siglas, vamos pegar carona na reflexão de uma frase de Chip Conley, hoje conselheiro estratégico, mas ex-diretor de hospitalidade do Airbnb:

“Não me importo se estamos no mundo de B para B, de B para C, de C para C ou de A para Z, os negócios são basicamente de H para H: de humanos para humanos.”

Mas, certamente, não deixaríamos você ir embora com curiosidade sobre as siglas muito usadas especialmente no e-commerce. Portanto, lá vai um glossário:

Siglas mais comuns:

  • B2B – Business to Business: negócios de CNPJ para CNPJ, você é uma empresa vendendo soluções para empresas, sejam produtos ou serviços. Lembre sempre que atrás da mesa de escritório, há uma pessoa tomando decisão.
  • B2C – Business to Consumer: empresas que vendem para pessoas físicas. O varejo e os serviços pessoais todos se enquadram nessa categoria. De uma pequena padaria ao mercado da moda, passando por quase tudo que está à venda no mundo. É possível que uma mesma empresa seja B2B e B2C ao mesmo tempo, como as companhias aéreas e empresas de telefonia. Neste caso, costumam ter setores diferentes para tratar de cada nicho.
  • C2C – Consumer to Consumer: negócios diretamente entre pessoas físicas. De reparo domiciliar, doces para festas a mercado de objetos usados. Há diversas plataformas, como a OLX, que fazem a intermediação desses negócios e aí entramos na próxima categoria.
  • B2B2C – Business to Business do Consumer: quando uma empresa oferece uma solução para outra pessoa jurídica que, na ponta, presta serviço direto ao consumidor e esse negócio tem relação direta com o cliente final. Os marketplaces são exemplos típicos.

Além do B2B e B2C: outras siglas para tipos de negócios

  • B2G – Business to Government: empresas que fornecem para o poder público. Há algumas exigências específicas, como estar com obrigações fiscais e trabalhistas em dia, conhecer de licitações e ter um tempo de operação, normalmente, pelo menos 2 anos para micro e pequenas empresas. Também é comum que contratos públicos peçam um valor mínimo de capital social e um bom caixa, já que os governos costumam demorar para pagar.
  • B2E – Business to Employee: negócios voltados a oferecer produtos e serviços para os colaboradores de outra empresa. Há muitos clubes de descontos, por exemplo, atuando nessa área. Mas pode-se ter uma operação B2E dentro de uma academia de ginástica, curso de inglês ou até gerenciando refeitórios em empresas.
  • C2B – Consumer to Business: polêmico, porque há quem diga que não é exatamente um negócio. Mas o consumidor para o negócio é quando o cliente cria um valor para a empresa, como uma avaliação positiva.

Onde está a melhor oportunidade?

Cada nicho tem seus prós e contras. Antes de escolher focar entre B2B e B2C, perceba que não há, necessariamente, caminho mais fácil. As empresas compram em maior volume, mas compram por motivos diferentes das pessoas físicas. Temos até um artigo que trata dessas peculiaridades que poderá ser útil para quem quer empreender nesse tipo de mercado.

Mas quem está em negócios B2B e B2C, ou qualquer outra sigla que você escolha, nunca pode perder de vista que é o tamanho da dor que você resolve no mundo que determina o valor do seu negócio.

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