Dicas preciosas para ter um website de sucesso para seu negócio

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Não tem volta: para quem trabalha com venda direta ao consumidor, o chamado B2C, os sites tornam-se filiais do comércio em meio digital ou mesmo o ponto de venda definitivo. Mesmo empresas que não operam varejo, a presença digital com informações institucionais e portfólio de serviços é uma ferramenta da qual não se prescinde mais. Mas não basta ter um website para riscar na sua lista de pendências, já que ele deve ser uma ferramenta que agregue e que tenha as funcionalidades que atendam ao seu negócio.

No processo de transformação digital, ao olhar a necessidade de desenvolvedores, designers, redatores e gerenciamento da página, algumas empresas optaram por “pular” a etapa dos websites e partiram para o caminho aparentemente mais fácil. Criar apenas perfis ou página nas redes sociais e vêm utilizando esse canal como seu principal endereço digital. Pode dar certo por um tempo, mas é um enorme risco, já que as regras das redes sociais mudam e a sua página será seu ponto comercial na web, sem interferência da plataforma. É para lá que você vai atrair seu cliente e, de fato, converter. Por isso, o website só vai funcionar direito se estiver associado a um plano de Marketing Digital.

Por que ter um website?

A internet, que surge na Guerra Fria com objetivos militares de manter uma rede de computadores, começa sua expansão permitindo a troca de informações entre pesquisadores acadêmicos. Seu primeiro boom é a revolução civil que provoca a partir dos anos 1990 com a World Wide Web e os primeiros websites.

Duas décadas depois desse novo Big Bang, a conexão móvel e os smartphone, reconfiguram a comunicação e, consequentemente, a forma de fazer negócios. Uma marca que não tem presença digital, nas redes sociais ou seu website, não existe. Ou está num processo de galopante perda de relevância. Os buscadores substituem as listas telefônicas, catálogos e outras formas de procurar um produto ou serviço.

No início da internet, criar site empresarial era uma tarefa para especialistas, que exigia conhecimento de linguagens de programação (como HTML, por exemplo) e domínio de programas para criar e para tratar imagens. Mas, com o tempo, várias alternativas foram surgindo. E agora é muito simples registrar um nome, criar um site e produzir imagens de qualidade para deixar a página visualmente mais agradáveis. O que não quer dizer que a melhor opção seja você fazer sem ajuda profissional, mas feito é melhor do que perfeito.

Website ou página na rede social?

Os perfis e as fanpages, por sua vez, servem para atrair e se relacionar com o seu público nas redes sociais. Ali, o conteúdo é consumido rapidamente e logo deixa de aparecer para as pessoas, o que exige publicações recorrentes e bastante interativas. São canais com características diferentes do website e funcionam bem, especialmente numa estratégia de comunicação integrada.

Vantagens das redes sociais

Antes de decidir o que comprar, 77% das pessoas buscam uma “ajudinha” das redes sociais, como Facebook e Instagram, segundo a pesquisa PricewaterhouseCoopers (PwC). Elas oferecem informações que impactam diretamente na decisão do quê e onde comprar, além da escolha de um serviço. Principais atrativos das redes sociais:

  • São gratuitas – para ter uma conta, basta criar um perfil com um e-mail, mas para gerenciar bem você deverá contratar profissionais ou investir uma boa quantidade de tempo;
  • Interação – Os clientes têm acesso rápido e fácil para ver os produtos e serviços, assim como comentar, deixar opinião ou tirar dúvidas;
  • Público expressivo – Os brasileiros gastam, em média, 13 horas do dia em redes sociais. A chance de ele ver sua marca é alta, ainda que necessite investir em estratégias pagas.

Vantagens de criar site empresarial

70% dos consumidores só compram em sites por se sentirem mais seguros do que nas transações realizadas em redes sociais, de acordo com pesquisa “Consumidor Digital”, da Conversion. Vantagens de ter um site:

  • Serviços online – sites oferecem a possibilidade de o internauta contratar o serviço dentro da própria plataforma, como é no caso do e-commerce;
  • Confiabilidade – a página oficial gera credibilidade, é um verdadeiro cartão de visitas. O cliente pode encontrar dados mais completos sobre a empresa, seus produtos e serviços oferecidos. Você também poderá ter e-mails com o domínio da empresa – seunome@suaempresa.com.br -, o que é muito mais profissional do que usar um provedor gratuito, como GMail ou Hotmail;
  • Segurança – sites podem adquirir selos de segurança oficial, o que permite que dados bancários e formulários cadastrais estejam seguros durante uma compra online;
  • Controle – o site é seu e, estando dentro da Lei, você faz o que bem entender, como bem entender;
  • Buscadores – Nem sempre a pessoa precisa saber o nome da sua empresa ou marca para encontrá-la. Se o seu site estiver otimizado e bem ranqueado, ao procurar pelo serviço ou produto que você oferece, seu potencial cliente pode te encontrar mais facilmente;
  • Captura de leads – com uma boa estratégia, você poderá usar seu site como forma de captar contatos de pessoas interessadas no que você oferece;
  • Educação – pelo site, usando artigos e sua autoridade sobre o tema de sua expertise, você pode com mais profundidade do que nas redes sociais, transmitir informações relevantes;
  • Integração com redes sociais – é possível integrar os perfis de redes sociais da sua empresa no seu site, ampliando a conexão dos seus clientes em todas as plataformas que você atua.

Desvantagens das redes sociais

As redes sociais são espaços de diálogo. Não dá para lidar com ela como se fosse uma vitrine estática. Claro que não há desvantagem absolutas em ter seus perfis, até porque este canal também deve ser visto como obrigatório. Mas há desvantagens relativas de priorizar essa estratégia e esquecer seu site. Entre os principais desafios, estão:

  • Atualização constante – um perfil de redes sociais exige posts novos, preferencialmente diários, e, sobretudo, diálogo com seus seguidores, o que consome tempo;
  • Falta de controle – as redes sociais pertencem a outras empresas e construir o seu negócio em terreno dos outros é perigoso. As regras podem mudar e você perder alcance ou até ser bloqueado por infringir alguma das regras das redes sociais. Portanto, deve ser visto como parte da sua estratégia, tendo sempre canais proprietários;
  • Efemeridade – Um post muito importante pode se perder no mar de atualizações das redes sociais. Com engajamento menor nos perfis comerciais, seu conteúdo excelente pode acabar sendo visto por quase ninguém e ser esquecido;
  • Engessamento – você não pode fugir do que está determinado da plataforma. Sempre é possível ser criativo e inventar algo, mas o limite é bem delimitado. Para vídeos, por exemplo, ou mesmo transmissões ao vivo, as redes sociais determinam o volume de conteúdo que você pode colocar lá.

Desvantagens do site empresarial

Na hora de escolher tantas frentes para investir tempo e dinheiro, o site pode acabar ficando para depois. Entre os maiores desafios para ter seu endereço digital, estão:

  • Custo – por mais que seja possível fazer um site simples utilizando templates fornecidos pelos próprios provedores, um site empresarial complexo, bem feito, estruturado e com conteúdo relevante exige um investimento maior. Se for oferecer venda on-line, o desenvolvedor ainda precisa garantir a segurança da transação e isso não custa barato;
  • Desatualização – é muito comum ver empresas que fazem o aporte inicial, fazem um bom site e depois abandonam o projeto. Ter uma ruína digital – aquele site abandonado – pode dar uma impressão péssima do seu negócio e até depor negativamente. Se for preciso, refaça de um jeito simples, mas não deixe informações velhas ou erradas on-line;
  • Tráfego – atrair o cliente para seu site exige estratégia orgânica, paga ou, melhor ainda, as duas juntas. Isso custa investimento em profissionais e em anúncios. Senão, seu site poderá ser um endereço esquecido num beco sem saída do mundo digital.

Seu website, sua casa

Além disso, com o uso do site empresarial, a empresa garante que seus conteúdos fiquem salvos e não sejam submetidos às mudanças de normas e algoritmos das redes sociais. É a chamada memória digital. O site funciona como um backup da trajetória da marca. Desde que você garanta uma boa gestão do seu ponto digital.

No caso do site, a possibilidade de análise de métricas ocorre de forma diferente. O tempo de permanência na página, por exemplo, e a quantidade de pessoas que ficaram para navegar no seu conteúdo, olhando sua vitrine virtual são fatores que costumam sinalizar mais chance de vender. Como na loja física, o cliente olhou mais tempo é porque se interessou.

Ferramentas como o Google Analytics e mapas de calor permitem você conhecer em detalhes os caminhos percorridos dentro do seu website. Estas informações valorosas são algumas das principais vantagens de ter um site.

Já as métricas nas redes sociais estão mais ligadas ao poder de segmentação, pois a missão dela é, em grande parte, obter leads e gerar tráfego para o website. Você saberá idade, horários e engajamento do seu público, mas não terá com muita clareza a relação deles com o que você oferece.

O que fazer para ranquear bem um site?

Duas siglas resumem o tipo de tráfego que chega até uma página na internet: SEO e SEM. A primeira, Search Engine Optimization, são as otimizações para ferramentas de busca e referem-se ao tráfego orgânico. Em outras palavras: o interesse que as pessoas têm de forma espontânea por seu material e que fazem buscadores apresentarem você como a melhor opção entre tudo que está disponível sobre um tema.

A segunda refere-se ao Search Engine Marketing, ou o marketing de buscadores. São os anúncios feitos relacionados às buscas feitas pelas pessoas. Nos dois casos, tudo começa com uma estratégia de keywords. Não leve o termo literalmente. As palavras-chave são, em sua maioria, frases-chave ou expressões-chave. Trata-se daquilo que quem você quer atrair vai colocar no campo de procura antes de clicar na lupinha.

O papel palavras-chave

Ao criar site empresarial, boas palavras-chave não são sempre óbvias, é preciso pesquisa para encontrar aquelas que se encaixam ao seu negócio. Afinal, não adianta a empresa ser encontrada por uma palavra muito buscada, mas que não tem relação alguma com a marca. Cada vez mais refinados, os buscadores criam ferramentas para bloquear quem tenta burlar e fazer uma estratégia para ser encontrado sem entregar conteúdo relevante.

O oposto também vale: por que focar em uma palavra-chave que ninguém busca, já que isso não vai trazer retorno algum pro seu website? Mas como saber se uma palavra é boa ou ruim? Primeiro, faça um benchmarking pela vizinhança da concorrência e veja quais palavras estão sendo mais usadas e em quais você pode investir. Isso te dá uma ideia real do que está fazendo sucesso. Plataformas como Ubersuggest ou o Google Keyword Planner podem te ajudar nisso!

Fique atento ao seu conteúdo

O snippet — texto exibido em resultados da busca no Google — que, em condições normais, inclui o título do seu site, a descrição dele e a sua URL, é muito importante. Será o primeiro contato que alguém pode ter com sua empresa ao encontrá-la na busca. Portanto, faça uma descrição do seu negócio que seja clara e sucinta, sempre utilizando as suas palavras-chave.

Com relação aos conteúdos gerais do site, tenha o cuidado de incluir as palavras-chave específicas em cada post, repetindo elas algumas vezes, mas sem exagero, para que os mecanismos de busca entendam do que se trata o seu artigo. Produza sempre um conteúdo original, inteligente e criativo.

No material institucional, deixe claro o que sua empresa faz, quais seus valores, sua cultura. Lembre de ter meios do cliente entrar em contato com vocês para pedir uma proposta ou marcar um horário. Tenha com o site o mesmo cuidado que tem com seu ponto físico.

Proporcione uma boa experiência para o usuário

Outro elemento fundamental que se bem feito fará você se beneficiar das vantagens de ter um site é a experiência dos usuários. Há mais de 200 variáveis consideradas pela Google na hora de posicionar um site, todas pensadas pelo que é melhor para o usuário. Elas são divididas em três categorias:

  1. On page: são os elementos que você controla, como título, heading tags, h1, h2, h3, número de vezes em que a palavra-chave aparece, url e um layout responsivo que se adapta às mais variadas telas, como notebooks e smartphone;
  2. Off page ou link building: links apontados para o seu site, que provenham de outros sites que, quanto mais relevantes, mais valor transferem para você;
  3. Experiência do usuário: feedback das pessoas que navegaram no seu site, como indícios de qualidade. O Google tem levado esse item cada vez mais em conta.

Se um usuário entra no seu site e sai em apenas dois segundos, provavelmente, ele não encontrou o que procurava. Essa métrica — chamada de bounce rate e que quanto menor, melhor, — é muito importante para os critérios da Google. Por isso, com o Google Analytics, você analisa o tempo médio de seus visitantes e descobre qual tem sido a página de saída mais frequente, para entender por que os usuários não têm boas experiências no site. A melhoria deve ser contínua.

Defina o seu objetivo

Vamos deixar um pouco de lado a parte mais técnica do seu site. Afinal, você já tem um domínio registrado e uma hospedagem para os seus arquivos e, de preferência, um desenvolvedor para cuidar dos seus códigos. Agora é hora de pensar no objetivo do seu site. Algumas funções são bem comuns a quase todos os sites:

  • Apresentar uma linha de produtos e serviços;
  • Auxiliar as pessoas a identificarem a sua localização, ou seja, o endereço físico da sua empresa;
  • Reforçar a confiabilidade da sua marca por meio de depoimentos de clientes, cases de sucesso ou apresentações da sua equipe;
  • Abrir um canal de contato com a sua empresa.

Todas essas funções precisam estar bem distribuídas em seu site, com uma arquitetura da informação amigável, que estimule a navegação. Recomendamos que você defina um objetivo principal para evitar que a sua página inicial fique poluída por excesso de informações. Separe um tempo para pensar em quem é o seu público, qual conteúdo ele espera encontrar e como organizar as suas páginas para que ele fique satisfeito e queira explorar outros conteúdos.

Domínio do website

Para escolher um nome para o seu site empresarial, basicamente você vai precisar fazer um brainstorm, escolher um site para pesquisar domínios, registrar e comprar seu domínio!

Temos 4 dicas que podem te ajudar nessa fase, vale a pena conferir:

  1. Dê preferência para os nomes .com.br, vai ser mais fácil os seus visitantes lembrarem do seu site.
  2. Avalie nomes parecidos com o seu. Ao escolher um nome, avalie quais erros as pessoas cometeriam ao pesquisar pelo seu domínio e quais outras alternativas similares existem, para garantir que todo o tráfego seja mesmo para você e não para outro site.
  3. Escolha um nome curto. Quanto mais curto e marcante o nome do seu site for, melhor para o seu negócio. Quanto mais caracteres, maior a chance do cliente digitar errado.
  4. Evite hífens e números. Só os use em caso de extrema necessidade, eles aumentam as chances de pesquisarem o seu site de forma errada e não te encontrarem.

Temas e designs

Existem diversos layouts disponíveis, é válido testar o que mais se adequa ao seu nicho e será mais atrativo para os seus cliente, além de responsivo e prático. Os temas podem mudar de acordo com as plataformas de hospedagens. Nem sempre o mais bonito pra você é o mais eficiente. E, se precisar decidir, o que converter mais será sempre o melhor.

Ao pensar em como criar um website, é fundamental fazer alguns testes. Veja se ele será capaz de oferecer uma boa experiência aos usuários — e monitore seus resultados para entender com tem sido o retorno dos investimentos feitos. Sua empresa estará se apresentando de uma maneira direta, interativa, ágil e irá, além de tudo, promover as vendas.

Por isso, depois de você aprender como montar um bom website, sua empresa tem mais um combustível para decolar. Já que o site empresarial pode vir a ser o primeiro contato do cliente com a sua marca, nada melhor do que causar uma boa impressão de cara, não é?

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