SaaS: o software original que pode ser pago pelo uso

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Quando falamos de tecnologia, sabemos que sua evolução impacta drasticamente em diversas áreas e isso inclui a de prestação de serviços. Hoje, por exemplo, já não é mais necessário efetuar a compra definitiva de uma licença, muitas vezes caríssima, para utilizar um software original. Isso porque agora temos o chamado SaaS.

As mudanças causadas pelo SaaS impactam na compra mas, sobretudo, na forma de utilizar e no comportamento do usuário em relação às aplicações que precisa para trabalho, lazer ou atividades pessoais. Nesse artigo, vamos comparar o SaaS e a licença perpétua, listando suas características, vantagens e desvantagens.

O que é SaaS?

O nosso professor Felipe Barreto Veiga, conceitua SaaS (Software as a Service) como:

“a computação na nuvem (SaaS) é um novo modelo de computação que permite ao usuário final acessar uma grande quantidade de aplicações e serviços em qualquer lugar e independente da plataforma, bastando para isso ter um terminal conectado à ‘nuvem’.”

A tradução do nome já explica parte deste conceito: software como um serviço. Exatamente: os programas de computadores, como quem passou pelas primeiras fases da transformação digital os chamava, eram a princípio produtos, quase um patrimônio de uma empresa. Agora, passamos a ter a possibilidade de encararmos as aplicações como serviços. Portanto, pagamos pelo seu uso. Normalmente, em mensalidades ou assinaturas recorrentes.

Quais são os tipos de software?

Certo, sabemos então que o SaaS é um modelo de entrega de software e que, nesse modelo, há o armazenamento de dados, códigos e até processamento na nuvem, o que flexibiliza seu acesso. No entanto, você conhece os tipos de software? Listamos as principais categorias para que você se familiarize:

  • Software proprietário: Também chamado de privativo ou não-livre, é aquele que não pode ser modificado pelos usuários.
  • Software livre: Ao contrário do anterior, este oferece ao usuário a liberdade para acessar, modificar e executar seus próprios códigos.
  • Software de código aberto: Neste, seu código fonte pode ser disponibilizado ou licenciado de forma a ser estudado, modificado e distribuído para qualquer um e com qualquer finalidade.
  • Software gratuito: O nome já diz tudo, mas não confunda com o software livre, porque ele pode ser gratuito e proprietário ao mesmo tempo.
  • Software com copyleft: Notou o trocadilho com copyright? É uma alternativa ao domínio público onde qualquer um que que for distribuir o software deve passar adiante a liberdade de copiar e modificar novamente o programa.

SaaS e as outras licenças de software

A maior diferença que podemos notar sobre SaaS e outro modelo de licença de software é que o primeiro não oferece o programa como um produto e sim como um serviço – daí seu nome. Esse movimento ganhou força uma vez que as soluções em TI e outras aplicações foram se ajustando à computação em nuvem. Isso foi possível posteriormente à melhoria da velocidade da conexão e transmissão de dados. A passo que esta foi se tornando mais robusta e acessível, permitiu-se rodar programas remotamente.

Por outro lado, não quer dizer que o SaaS não dependa, em nada, de sua máquina. Parte do processamento dependerá também do que você, primeiramente, disponibilizar para o sistema. Mas a dependência de um equipamento potente e, especialmente, com muito espaço disponível para armazenamento de dados é consideravelmente menor para as soluções em nuvem.

Três tipos básicos de licença de software

Aquela chave de acesso, com um código único para ser colocado após a instalação e validado para uma máquina, ainda existe. Aquele certificado, comum dos tempos áureos do software de prateleira, que vinham em belas embalagens, ainda existe. Se por um lado não estão mais nas vitrines das lojas, por outro estão na sequência recebida para liberar a instalação. Mesmo entre os SaaS, alguns oferecem as chamadas licenças “for life”, com uma taxa de pagamento único liberando uso para sempre. Mas, basicamente, podemos falar em três tipos básicos de licenciamento de software:

  1. Licença de aquisição perpétua: Lembra aquilo que conversamos da maior diferença entre SaaS e as o modelo de compra em prateleira? Aqui fica muito claro já que o software é comercializado como um produto. Uma vez adquirindo a licença perpétua, o cliente tem o direito de utilizá-lo para sempre, mas tenha em mente que não necessariamente isso inclui um serviço de manutenção ou atualizações do software.
  2. Licenças de uso: O cliente compra o direito ao uso do programa por instalação e por máquina, podendo ou não incluir o acesso a atualizações, mas exclui o direito à manutenção do software.
  3. Licenças de aluguel: Não tem muito mistério além do nome, o cliente tem o direito ao uso do software de acordo com o período que ele tiver pagando, seja mensalmente ou anualmente, por exemplo. Normalmente, a cobrança acontece programada de forma recorrente.

Software sob medida para o seu negócio

Há, também, a possibilidade de uma corporação decidir encarregar um time do desenvolvimento de um software próprio, customizado. Se acaso for esta escolha, a aplicação vai pertencer ou não ao contratante a depender do que for firmado com os desenvolvedores. Por mais que traga vantagens, destaca-se a importância de existir um estudo para conferir se vale a pena investir nessa solução personalizada, que costuma ser bem mais onerosa.

Seja qual for o modelo escolhido – licença perpétua, SaaS, aluguel ou desenvolvimento sob encomenda – o software original é inegavelmente a única escolha que pode ser cogitada por uma empresa. Pirataria é crime e poderá trazer transtornos severos para a vida da sua empresa, com multas e outras penalidades. Uma vez que você precise de um programa para sua empresa, escolha uma opção legal.

Conseguimos perceber que já avançamos muito até aqui em relação à utilização de softwares, que há mais possibilidades a explorar. Em resumo, compreendemos que a era digital vem tornando alguns processos mais acessíveis rapidamente. No entanto, sabemos que a tecnologia não para de evoluir, qual você acha que será a próxima virada de chave, a próxima disrupção, quando falamos de softwares e, especialmente, de SaaS?

Dos nossos disrupters. A equipe de redatores da Ayoo tem o compromisso de entregar conteúdo de qualidade para que cada um dos leitores possa aplicar o conhecimento à sua realidade. Não damos receita pronta, mas ajudamos a direcionar o olhar de forma que cada um possa dar longevidade à sua relevância.

 

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