Sair do modo leitor

Como fazer um MVP usando Design Sprint

Gestão

Não é tão incomum assim a gente decidir arregaçar as mangas, olhar de um lado a outro e suspirar porque não temos a menor ideia de onde começar a executar uma ideia. Por mais que MVP seja uma versão enxuta, não é um processo tão simples assim, porque há um longo caminho a percorrer antes mesmo de sair do papel. Então é compreensível que você já tenha empregado bastante energia quando chega o momento da execução real.

Para encurtar essa caminhada, separamos um método incrível, chamado MVP, com selo Google de qualidade para segurar sua mão e te ajudar a encontrar o caminho nessa tempestade. Vamos lá?

O que é MVP?

Já separamos um artigo todinho para contar o que é MVP, falando do seu significado e quais as suas características fundamentais. Mas vamos quebrar seu galho e fazer um resuminho: MVP é uma sigla que representa um produto minimamente viável. Ou seja, a versão mais simples possível do seu produto. Ela vai permitir que você rode e teste hipóteses, além de comprovar a assertividade da sua proposta de valor.

Design Sprint?

Velocidade é a ordem maior do método que tem como objetivo a criação de produtos e soluções em apenas cinco dias. O Design Sprint nasceu na Google Ventures, o braço de investimentos em startups da Google. Há um livro inteirinho dedicado a explicar a metodologia, mas aqui vamos te dar as informações indispensáveis para fazer acontecer.

Para começar, tenha em mente que o sprint é para ser rápido e eficiente. O desenvolvimento de protótipos e produtos através dele corta de forma expressiva o tempo que você poderia gastar discutindo elementos que não são impedimentos para testar. Desta forma, você encurta o cronograma para entender logo, na prática, o funcionamento da sua ideia.

Lembra que falamos em cinco dias? São cinco etapas, uma para cada dia da semana. vejamos:

Dia 1 – Mapeamento

Dia 2 – Esboço

Dia 3 – Decisão

Dia 4 – Protótipo

Dia 5 – Teste

Planejamento é importante, mas ferramentas como o Design Sprint dão agilidade ao processo. Em vez de idealizar muito antes de testar, este modelo permite que sua empresa teste e ajuste no decorrer da caminhada. Em outras palavras: é trocar a turbina com o avião voando.

Só pra ilustrar: pegue um aplicativo muito importante que você use no seu cotidiano e veja como está nomeada sua versão. Provavelmente algo como 22.9.5 vai ser visto por lá, não é? A última casa, mostra pequenas correções e a primeira são as atualizações com mudanças profundas. Ainda não pegou? Lembre-se quantas vezes você já o atualizou. Entendeu a lógica, agora? Melhoria contínua, sem a pretensão de que se tenha uma versão definitiva.

Nas empresas do Vale do Silício, encontramos a filosofia do:

1% ready
99% to go

Isso quer dizer que sempre temos muito mais a fazer do que o que já realizamos. Isso é uma excelente forma de evitar que seu projeto fique obsoleto antes mesmo de ser lançado. Aprimoramento contínuo, testes frequentes, ajustes e aprendizado. Quem melhor para dizer onde adequar seu produto ou processo do que seus clientes?

MVP em protótipos famosos

Talvez MVP seja até um termo novo, mas sua metodologia usada para criar protótipos não é de hoje… Você sabe qual foi o MVP da Amazon? A proposta era ser uma livraria que visava a praticidade para os clientes. Tenha em mente que na época só dava livrarias físicas no mercado. Como teste, a Amazon apostou em um site bem basicão que vendia livros a preço baixo e o resto é história. Logo cresceu e hoje é essa grande “Loja de Tudo” que conhecemos.

Outro MVP famoso e bem documentado é o do Facebook. Por conta do filme “A Rede Social” que conta sua história, vemos como ele foi se desenvolvendo até ser esse gigante que conhecemos hoje. O que era uma página para conectar alunos da Universidade de Harvard foi crescendo e hoje, se fosse uma nação, seria o maior país do mundo.

Perguntas certas

Já é sabido que o protótipo foi elaborado para trazer respostas. A ideia é que se economize tempo, energia e dinheiro para consegui-las e por isso trabalhamos com versões mais enxutas, mas que representem a essência de uma ideia final. Para isso, há algumas questões que você deve ter em mente a todo momento, como:

Caso a resposta seja um sonoro “sim” para tudo, parabéns, você realmente vai conseguir fazer a diferença com um MVP usando o Design Sprint. Caso a resposta seja negativa, não precisa ver bicho. Isso só quer dizer que você precisa estudar mais e muitas vezes não é nem a metodologia, em si, mas compreender melhor seu próprio negócio ou o mercado onde vai atuar.